Estudos Cérebros de adolescentes sofreram mudanças e envelhecem mais rapidamente devido à pandemia

Cérebros de adolescentes sofreram mudanças e envelhecem mais rapidamente devido à pandemia, revela estudo. Qual é o impacto?

As mudanças podem afetar a concentração, aprendizado, emoções e a memória. Confira:

A pandemia está sendo um evento que influência vários impactos pessoais e sociais. Mas será possível afetar fisicamente o cérebro?

O crescimento incontrolável durante o pico dos casos e a limitada estrutura hospitalar, levou os governos a decretarem diversas medidas, como o isolamento social, que fechou áreas de lazer, escolas e os comércios não essenciais.

Essas medidas foram importantes, mas especialmente difíceis para crianças e adolescentes.

Quase todos os jovens conviveram com adversidades na forma de afastamentos de suas rotinas normais, além disso, a tensão financeira, as ameaças à saúde e a exposição ao aumento dos casos de violência familiar foram impactantes durante a pandemia.

Pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Stanford constataram que o cérebro de adolescentes envelheceram mais rápido do que o normal, devido ao impacto da pandemia de COVID-19. 

Estudos Cérebros de adolescentes sofreram mudanças e envelhecem mais rapidamente devido à pandemia
Foram realizados exames de ressonância magnética | Imagem de FreePik

Em um artigo divulgado¹ no site Biological Psychiatry, foram analisados exames de ressonância magnética realizados antes da pandemia de 163 jovens de 15 a 18 anos, e outros exames recentes com adolescentes da mesma faixa etária.

Os resultados demonstram que os cérebros aparentavam ter três anos a mais do que o esperado, sendo identificadas certas mudanças estruturais no hipocampo, na amígdala e redução do tecido do córtex, que podem afetar a concentração, aprendizado, emoções e a memória.

“Isso confirma o estresse que eles experimentaram durante a pandemia e os efeitos que tiveram, não apenas em sua saúde mental, mas também em seu cérebro”.

Ian Gotlib – Professor de Stanford e co-autor da pesquisa.

Antes da pandemia, o envelhecimento precoce do cérebro só era encontrado em crianças que sofreram traumas domésticos. 

Por ser um estudo publicado recentemente, os especialistas relataram que ainda não se sabe os impactos dessas mudanças no longo prazo. Mas já é observado um aumento de depressão, estresse, síndrome do pânico, TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e TOC em crianças e jovens. 

Os cientistas continuaram analisando os efeitos cerebrais nos mesmos adolescentes até a idade adulta e já estão trabalhando em análises conduzidas em crianças que contraíram o vírus.

Estudos Cérebros de adolescentes sofreram mudanças e envelhecem mais rapidamente devido à pandemia
Imagem de FreePik

A doutora norte-americana Dr.a R. Meredith Elkins, informou que a principal causa de estresse em crianças durante a pandemia foi a falta de estímulos, apoio social e o isolamento. Houve também um impacto grande de ansiedade devido ao retorno escolar imediato.

“Você teve um período de relativa facilidade escolar (em casa) e, de repente, as crianças voltaram à escola e as demandas aumentaram”.

Dr.a R. Meredith Elkins

Saúde mental

A ciência comprova que existem impactos físicos e psicológicos negativos devido à pandemia. Por isso é importante implementar hábitos que estimulem a melhora da saúde mental. 

Estudos Cérebros de adolescentes sofreram mudanças e envelhecem mais rapidamente devido à pandemia
Pratique novos hábitos | Imagem de FreePik

Uma boa alimentação, a prática de exercícios físicos, meditação e leitura são práticas simples, mas que trazem efeitos positivos.

A depressão, ansiedade e outros problemas relacionados com uma má saúde mental, são geralmente silenciosos no início, mas após instaurada, requer muita atenção e pode afetar todas as idades. 

Caso você sinta a necessidade, procure um psicólogo para iniciar um tratamento precoce. Você receberá todas as indicações conforme a sua rotina.

Nova onda

Recentemente, noticiamos que o comitê de transição da saúde, afirmou que ainda estamos vivenciando a pandemia, e que em avaliações realizadas por cientistas epidemiológicos, é possível o início de uma nova onda no Brasil. Confira:

“Para evitarmos um novo surto, é ideal estar em dia com as doses de vacinação e reforços. Lavar bem as mãos com sabão e esterilizar com álcool em gel acima de 70% de concentração. Evitar aglomerações e manter um distanciamento social consciente para evitarmos uma nova onda e começar 2023 sem preocupações”.


Para conferir o estudo relatado neste artigo, basta clicar em “Referências biográficas”.

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Aqui estão todos os estudos científicos que utilizamos para escrever esse artigo, para acessar, basta clicar no link.

1 — “Efeitos da Pandemia de COVID-19 na Saúde Mental e Maturação Cerebral em Adolescentes: Implicações para a Análise de Dados Longitudinais: (https://www.bpsgos.org/article/S2667-1743(22)00142-2/fulltext)”.

2 — Elizabeth Pritchett de Fox News Health.

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